Numa aldeia por 2 dias

 Sexta-feira passada fui directa do escritório para casa da C. que o pai dela estava lá à nossa espera para nos levar de fim-de-semana.Como estava cansada fui a dormir a maior parte da viagem, mas assim que saímos da auto-estrada e começaram as curvas foi impossível dormir mais, aí tentei concentrar-me em não enjoar (uma tarefa bastante complicada).
 Ao chegarmos a Pampilhosa da Serra, passando por terras com nomes engraçados como "Picha" e "Casal da Gaita", ficámos sem rede no telemóvel. É impressionante pensar que há uns anos atrás não existiam estas tecnologias e agora desesperamos se ficarmos 2 dias desligados do resto do Mundo.

 

Fomos recebidas pelos familiares da C., arrumámos as malas nos quartos que nos foram designados e fomos para a mesa jantar. Experimentei duas sobremesas típicas daqui: tigelada e tarte de requeijão. 
 Depois de ajudarmos a levantar a mesa e a por a loiça na máquina fomos arranjarmo-nos para a festa. Num largo estava montado o palco, já à espera da banda, e um bar com cervejas, bebidas brancas, cachorros, bifanas e pipis. Sim, pipis, algo que eu nunca tinha ouvido falar e que gerou uma gargalhada à hora do jantar quando a J. perguntou se aqui tinha o mesmo significado que tem em Lisboa. Aprendi a dançar música pimba e foi assim que passei a noite, sempre os pés na "pista de dança".




 Sábado tivemos de acordar cedo para irmos à missa, que foi ao ar livre, e à procissão, que deu a volta à aldeia. Depois fomos a casa almoçar e dormir a sesta porque estava demasiado calor para sairmos à rua. Quando acordámos fomos até Fajão, a aldeia ao lado, para termos rede e internet (não aguentámos sequer 24h desligadas de tudo). Assim que pusemos a conversa em dia voltámos para a Ponte e fomos para o rio até a hora do jantar. À noite houve mais festa, desta vez com um dj, mas como a música não nos estava a agradar e estávamos cansadas fomos para casa cedo. Ainda estivemos à conversa com a mãe da C., que nos contou como era viver numa aldeia assim, ficámos chocadas com o relato que ela nos fez.
 Domingo dormimos até tarde, fomos acordadas pela C. quando o almoço já estava pronto. Depois de um belo churrasco fomos para o rio e passámos lá a tarde. Ao final do dia fomos assistir ao jogo de futebol "casados contra solteiros" e a seguir houve jantar de convívio, no largo onde estavam a decorrer as festas, com a aldeia em peso a comer frango assado com arroz de feijão.
 Já de barriguinha cheia carregámos o carro, despedimo-nos dos mil familiares da Cata e voltámos para o caos da cidade.


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