Sociedade solidária

            No outro dia, na aula de Direitos Fundamentais, iniciou-se uma discussão em volta da Segurança Social...muitos dos meus colegas estavam revoltados por as pessoas terem de descontar para a reforma de outras e quando chegar a sua vez não vão receber nada. Será este sistema justo ou injusto?
            Ora o nosso professor explicou-nos que a Segurança Social tem uma base solidária, contribuímos não só para nós mas também para os outros, garantindo-se assim um minímio de subsistência a todos os cidadãos. No entanto há quem afirme que se trata de "voluntariado obrigatório", uma vez que somos compelidos a ajudar aqueles que precisam, sem podermos ter uma opinião sobre o assunto ou o fazermos à nossa maneira, quer queiramos quer não vamos ter de contribuir.
            Mas se fecharmos os olhos para as características que nos diferenciam uns dos outros, se colocarmos um véu de ignorância sobre a nossa situação, colocando-nos a todos no mesmo patamar, tentando-se assim atingir a igualdade (todos somos pessoas com necessidades), então talvez consigamos chegar à conclusão de que é necessário existir este sistema solidário, pois no dia em que deixarmos de estar numa situação privilegiada também vamos gostar de receber ajuda.
            Fiquei ainda chocada ao saber que 37% das pessoas em Portugal recebem ordenados inferiores a 600€...como é que conseguem viver apenas com esse dinheiro?
            Afinal da contas a faculdade não é um local onde simplesmente num impingem a matéria, lá também ganhamos cultura geral, debatemos temas da actualidade e somos obrigados a puxar pela cabeça arranjando formas de alterar o futuro.


Comentários

L. disse…
Sabendo que o ordenado mínimo ronda os 475€... até aos 600 ainda vai muita coisa. E sei que há muita gente nessa situação, inclusive casais com filhos. É incrível, mas conseguem sobreviver!
MNZ1 disse…
A Social Democracia está a terminar para dar lugar ao Capitalismo exarcebado fruto do egoísmo, falta de valores morais, solidariedade, etc... tempos modernos ou a caminhar a passos largos para cenários de horror como a Europa já viu 2 vezes no século passado?

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