Tirar a carta foi uma aventura

            Comecei a manhã por cuscar outros blogs, algo que não fazia há muito tempo, por andar com os dias demasiado preenchidos, e um deles fez-me pensar nos tempos em que estava a tirar a carta... É estranho pensar que já a tenho há 3 anos, parece que ainda ontem andava no secundário e frequentava «A Portuguesa», tal como toda a gente da minha escola, tendo aulas secantes de código e só ficando entusiasmada com as aulas de condução.
            Segui os conselhos dos meus amigos que começaram a tirar a carta primeiro que eu (é o que dá ser a mais novinha) e escolhi o mesmo que instrutor que eles, posso dizer-vos que era um homem completamente fora do normal e que nunca imaginei que me daria tão bem com ele. Ora vou tentar fazer-vos a descrição mais fiel possível...calças de ganga justas daquelas com alguns rasgões e coisas escritas, camisolas com decotes em V e bem agarradinhas aos peitorais, óculos escuros Dolce&Gabbana que tapam quase a cara toda, cabelo em pé cheio de gel.
            Agora que já podem imaginar a pessoa que ele era coloquem-nos aos dois num carro durante 2h: era a comédia! Ele gostava imenso de conversar, eu também, por isso as aulas passavam a voar sempre com muita animação, até cantávamos juntos! Mas quando era para ser a sério ele parecia alguém completamente diferente, o tom de voz alterava-se, baixava o som do rádio e obrigava-me a concentrar e a dar o meu melhor, sempre foi muito exigente comigo puxando sempre por mim até conseguir fazer tudo na perfeição.
            Fiz o exame de código no dia do meu 18º aniversário, queria ter feito antes para despachar a carta, mas descobri que só poderia realizar o exame quando fosse maior de idade, então insisti com as senhoras da secretaria para me marcarem para o meu dia de anos, algo que os meus pais acharam muito arriscado porque me poderia arruinar o dia... O meu instrutor foi impecável, passou a manhã toda comigo na escola de condução, para eu fazer muitos exames e ele me ir explicando o que eu errava, depois levou-me até à APEC e, quando saí aos pulos a dizer que tinha passado, ele felicitou-me dizendo que não estava à espera de outra coisa. Com 0 respostas erradas deixou-me levar o carro de volta para a escola, com um enorme sorriso na cara.
            Com o exame de condução a celebração foi ainda maior, porque ele nos levou, a mim e ao meu amigo que fez no mesmo dia que eu, a almoçar fora.
            É graças ao J.B. que me tornei na condutora exímia que sou!

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