Julie & Julia

            «Em 1948, Julia Child era somente uma mulher americana que vivia em França. O trabalho do seu marido levou-a a Paris, e com o seu espírito incansável, Julia tinha um enorme desejo de fazer algo. Quinze anos depois, Julie Powell está estagnada. Perto dos 30, a viver em Queens e a trabalhar num cubículo, enquanto as suas amigas alcançam carreiras de sucesso, Julie procura um projecto para focalizar as suas energias. Decide assim passar exactamente um ano a cozinhar as 524 receitas do livro “Julia Child's : Mastering the Art of French Cooking” e cria uma blog onde relata as suas experiências.» in http://cinema.sapo.pt/filme/julie-julia/detalhes#sinopse

        Simplesmente fantástico. Faz-nos crescer água na boca e também uma imensa vontade de cozinhar, se ao menos eu tivesse jeito para isso! Felizmente a minha irmã tem, por isso sempre a posso convencer a pôr mãos à obra e eu experimento as suas deliciosas invenções. Lá estou eu a tirar os pés da terra...voltando ao que interessa: este maravilhoso filme! Vocês, bloggers, irão decerto gostar, principalmente as que também gostam de culinária. É uma junção fabulosa de dois mundos: escrita e comida, blogs e receitas, palavras e ingredientes...

            E o pensamento de ambas, tanto da Julie como da Julia, adequa-se precisamente com o que aqui ontem escrevi sobre termos objectivos na vida, elas não queriam que a vida delas fosse insípida (afinal de contas ninguém gosta de comida insonsa), elas sabiam que precisavam de terem em vista uma meta para alcançarem, algo que as motivasse...afinal de contas todos precisamos de uma razão para nos levantarmos da cama a cada dia que passa; todos queremos sentir que fizemos algo produtivo, algo construtivo, algo útil; todos nós precisamos de nos sentir realizados connosco próprios.

            Será a vida como uma receita? Arranjamos os ingredientes necessários, tentamos não falhar nas suas medidas (se o fazemos o resultado pode ser catastrófico), combinamo-los uns com os outros (mas atenção, tem de ser da forma certa!) e sabemos que conseguimos alcançar o nosso objectivo quando experimentamos o produto final e nos apercebemos de que acertámos.